
Olá a todos!
O meu nome é Anabela Pereira. Sou professora do ensino básico, funções que acumulo com as de mãe de duas crianças energéticas, uma com 5 anos e a outra com 8. Como muitos de vós, eu também me vejo forçada a fazer malabarismo entre a parentalidade e a profissão. Porque fazer ambas as coisas ao mesmo tempo (e bem) não é fácil, eu deixo-vos um pouco da minha experiência, na expectativa que vos possa ajudar. Obrigado pela visita!
Jogos de letras e números
Lá porque estamos a trabalhar à distância, não temos de estar presos a documentos do Word ou PDF. Há um incrível mundo de oportunidades a explorar para providenciar às crianças atividades ricas e completas de potencial. Estes são pequenos jogos de letras e números que pode fazer com os seus alunos e com os seus filhos.
Utilize
LEGO
ou blocos de madeira para expressar ideias, imagens ou conceitos
aritméticos. As peças de fruta são ótimas para explicar operações como a
divisão. Acabe a explicação com uma aula de nutrição e uma bela salada
de fruta.
Tem uma folha A3 ou uma cartolina à mão? Ótimo! Aproveite
o que tem e crie um tabuleiro de jogo. Coloque pequenas questões com
operações matemáticas e tarefas em cada uma das quadrículas e desafie os
seus filhos a jogar.
De dentro para fora

Felizmente para nós, existem várias formas de observar o mundo lá fora que vão muito para além da nossa visão. Graças ao poder dos satélites e das constantes evoluções da eletrónica, conseguimos viajar pelo mundo sem sair da nossa sala. Podemos explorar museus e galerias de arte, oceanários e parques temáticos com o clique de um botão. Porque não visitar o nosso bairro e passear pelas ruas sem quebrar o confinamento? Como o fazer? É fácil, e é isso que vos vou mostrar de seguida.
Arquitetar e implementar
O Google Maps é muito mais do que aquela aplicação que nos ajuda a encontrar o caminho quando estamos perdidos. Podemos utilizar esta aplicação no formato da página Web Google Earth para viajar até a lugares históricos na Europa, fazer uma paragem nas pirâmides de Gizé, não esquecendo a densa floresta amazónica. O que, até à pouco tempo atrás, apenas estava acessível nos livros pode ser agora navegado, qual Vasco da Gama, com um ponteiro do rato.
E se pudéssemos explicar grandes eventos da história de uma forma mais interativa e contextual? A verdade é que isso é possível e nem é muito complexo. Podemos utilizar o StoryMap para contar uma história através de um mapa e de pequenos segmentos interativos, assim como podemos utilizar uma Timeline para listar eventos dispersos no tempo, deixando que sejam os alunos a descobrir a história.
Trocando por miúdos
Explicar aquilo que é tátil e presencial sem tato ou presença é um feito. O que é físico não passa muito bem na internet, pelo menos enquanto a realidade virtual e o feedback háptico não ganhar outra dimensão. Assim, ensinar conceitos relacionados com a fisicalidade do mundo que nos rodeia torna-se complexo mas não impossível. Vejamos, por exemplo, explicações relacionadas com unidades de medida, frações, proporções e características. Se não temos os objetos connosco, porque não "simulá-los".

Arquitetar e implementar
Tenho utilizado muito o PhET, uma plataforma da Universidade do Colorado, como o meu filho que está no 2º ano. No PhET ele completa pequenos exercícios sobre frações, áreas e perímetros. Quando necessário, visitamos o Sketchfab, um site com modelos 3D que podem ser visualizados no Browser. Porque não aproveitar esta comodidade para explicar o corpo humano ou a anatomia do Tiranossauro Rex.
Colaborar a brincar
O ensino a distância não é um bom promotor de proximidade, mesmo quando algumas atividades assim o obrigam. Os momentos síncronos em plataformas como o Microsoft Teams raramente se assemelham a algo natural, com os ecrãs a estarem limitados à presença vídeo de até 9 participantes. Podemos, no entanto, criar ambientes colaborativos com ferramentas síncronas que permitam a cooperação entre utilizadores. Exemplo disto é o Scribbletogether, um quadro branco colaborativo, ótimo para jogar às charadas com os amigos.
Brincar para aprender
Aprender a criar tem sido um tema profundamente falado na escola dos dias de hoje. Desde os Maker Spaces, aos cursos de programação, até à aprendizagem baseada em jogos e gamificação, são inúmeros os webinares que tocam no assunto do criar para aprender. Ora, eu tenho uma coisinha ou duas para dizer sobre isto. Primeiro porque tenho um filho de 8 anos que adora jogar. Ele vive o jogo como ninguém. Depois porque sou casada com alguém que adora jogar e cuja idade mental é muito similar à do filho. Tendo em conta o recurso tão rico que tenho por casa, foi a eles que recorri para escrever este tópico.
Arquitetar e implementar
As academias de código e os Maker Spaces são espaços ricos de criação e de estimulo. Sem o espaço físico do MakerSpace ficamos reduzidos às plataformas de criação. Aplicações como o Scratch ou o MakeCode Arcade permitem desenvolver capacidades de lógica e de resolução de problemas, de um forma sequencial e divertida.
O jogos não têm apenas de servir o propósito do entretenimento. Jogos como o Play Kachi trabalham a matemática através da gamificação, da competição saudável e da repetição de exercícios.

Recursos Livres
Jogos
Veggies4MyHeart
Alunos da Licenciatura em Jogos Digitais do Politécnico de
Leiria mostram-nos como aprender sobre os benefícios dos vegetais.
Visitas virtuais
Aquário Vasco da Gama
Por falar em Vasco da Gama, o aquário com o mesmo nome oferece visitas
virtuais e conteúdos multimédia sem sair de casa.
Quizzes
Sólidos Geométricos
Um quizz sobre sólidos geométricos adaptado a alunos do 1.º ao
4.º ano.
Formas de Relevo e Meios Aquáticos
Um quizz sobre formas de relevo e meios aquáticos adaptado a
alunos do 1.º ao 4.º ano.
Multimédia
Zoo de Lisboa
Conheça os animais do Zoo através desta galeira de vídeos multimédia.